domingo, 27 de maio de 2007

Se você me conhecesse, você gostaria de mim [NOT]


Pensei aqui comigo e queria pegar uma foto bonita, escrever nela umas coisas bonitas, pagar de poser e bonita e ficar feliz. Mas daí fui olhando minhas fotos, até as mais bonitas, e achando todas feias, todas sem graça. Todas. E percebi que sem graça estava eu, que hoje não é dia de beleza.



Todo mundo tem dias feios. Dia que você arruma seu cabelo 16000 vezes e continua uma bosta, que a sua olheira não sai do rosto nem com quilos de base, que a roupa que sempre te cai bem fica uma bela porcaria, que você tira tudo do seu armário e não tem uma blusa que preste e não te deixe tão esquisita. >.<



Não estou assim, pra falar verdade ainda nem me olhei no espelho. Provavelmente estou descabelada e com olheiras enoooormes, devido ao sono e ao fato de estar recém acordada. E meus olhos que já são pequenos, ficam menores. Um hooorror. O nariz vermelho do frio e de irritação, e pele seca. Maldito clima. Mas foda-se.
Porque hoje não me importa nada. Qualquer roupa é roupa, o importante é seguir. Eu acho que estou em um dia sem encantos, mais racional, quebrando o romantismo que sempre me permeia. Hoje eu não choraria por um filme e nem deixaria de dormir porque não sei o que acontecerá com o meu personagem favorito. Resta-me recolher-me com a racionalidade (passageira, com certeza) e tentar produzir algo real e tangível.



Mas dos momentos mais perceptivos assim, tira-se apenas o essencial. Eu, quando normal, sou muito otária. Acho que todo mundo deveria me entender, porque o que eu tenho dentro de mim é muito bom e eu não desejo nada de ruim pra (quase) ninguém. Porque eu sou o que ninguém vê e se alguém chegar a ver, da maneira certa, como eu vejo... vai gostar. OTÁRIA.


E fotos bonitas, frases bonitas, poserismos bonitos... são tentativas vãs desse blábláblá. De novo, mil vezes otária.



Ninguém é o que eu quero que seja. E eu sou o que ninguém quer.




Obrigada, volte sempre. Amanhã é diferente.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Repare na cor do dia... E me conte o que viu, por favor.


Contexto: Eu não sabia o que postar e isso estava me remoendo por dentro. Eu queria fazer um post bem interessante e legal e, enquanto eu pensava isso no intervalo das aulas da faculdade, minhas colegas estavam falando sobre uma festa que vai ter por aqui.


Ontem ficamos eu, Bá e Ká discutindo sobre "coisas da vida", e fizemos o seguinte comentário: ficamos descrentes do amor muito cedo. Somos muito novas pra já termos descoberto essa falcatrua. Ainda devíamos estar na época em que esperamos o prínicpe encantando dos nossos sonhos. Pode ser que algumas de nós ainda até acreditem no amor (e eu sou uma delas), mas ainda assim esteja sem esperança ou com um pé atras com relação a isso. (mas não vamos entrar nesse assunto de novo)

Na verdade, a questão é: somos muito novas pra vários pensamentos que nós discutimos.

Hoje eu reli o post da Bella e muita coisa desse blog. Cheguei a seguinte conclusão: esse blog e toda a nossa convivência ajudam muito a sermos do jeito que somos. Você já vai entender.

Nós não somos o tipo mais comum de adolescentes, né?! Uma pessoa com a mesma faixa etária que a nossa, estaria se preparando pra alguma super balada que vai ter hoje à noite e já pensando na de amanhã. No máximo ela estaria postando uma foto no flog dela falando quão bombante foi a festa de ontem. (quero deixar bem claro que não estou criticando esse tipo de vida, ok? ahahaha)

O que eu estou tentando mostrar é que essas pessoas não dão espaço a filosofias baratas sobre o sentido da vida, a existencia do amor, casamento por medo ou o que é felicidade, assim como nós fazemos diariamente.

Elas simplesmente vivem suas vidas e não se questionam tanto. E um dia encontram alguém com quem gostam de passar o tempo, se casam e vivem felizes. E isso basta.

E quanto a nós? Nós temos um blog cheio de posts do tipo que você começa a ler cheio de dúvidas e termina com mais dúvidas ainda, e aí nos pegamos questionando sobre o assunto o dia inteiro.

Filósofos são frustrados, amargurados, tidos como loucos e raramente se dizem felizes (ainda bem que somos apenas iniciantes nessa área). Pode reparar na vida desses pensadores famosos com estudos revolucionários que você conhece e chegue a sua propria conclusão.

O termo "sarna pra se coçar" pode ser bem aplicado, ou não. Talvez o "tapar o sol com a peneira" deva ser usado no caso do grupo ao qual nao pertencemos.

"Quero uma aquarela para pintar meu dia. Criar fenotipicamente uma ilusão... um truque para atrair movimento."

Pode até ser que essas pessoas, parem às vezes para dar uma "checada" na vida e se façam alguns questionamentos, mas a maioria nunca leva isso adiante ou, no máximo, mudam de namorado, ficam satisfeitas e se esquecem de tudo.

Eu não sei se eles são felizes, mas eu não conseguiria ser feliz assim, com esse conformismo.

Então é ai que eu me deparo com outra questão já abordada nesse blog: o que é ser feliz?

É de nossa natureza nos questionar sobre as coisas e talvez assim seja mais dificil vivermos tão alegremente quantos os outros. Pode ser porque somos mais exigentes, detalhistas e analistas, ou também porque para nós, a felicidade não é do jeito que ela é mostrada, sempre ligada à alegria. Como disse a Bá: cada um deve entender o que é felicidade para si mesmo.

Parece-me mais fácil você viver sem grandes filosofias. Talvez essa nossa "pseudice" não nos faça tão ALEGRES, mas eu me sinto melhor sendo assim, e acho que esse é o caminho pra minha FELICIDADE.

Nossos dias são coloridos sim, mas nós preferimos os tons pastéis.

Essa diferença de pensamentos, comportamentos, felicidade pessoal já nos renderam bons posts e seria assunto pra um livro todo, mas eu paro por aqui com o pedido: Continuemos com nossa filosofia de boteco porque é disso que gostamos.

terça-feira, 22 de maio de 2007

"Um olhar pra perceber muito mais do que a solidão me diz. Vou acordar ao amanhecer pra contestar a cor do céu azul. E vou me antecipar, pomares vão nascer. Eu torço pro amanhã vir enquanto durmo" ~ Mombojó

repare na cor do dia...

(antes: não li coisa alguma que vocês escreveram, apenas o título).



O dia não tem cor. Os dias não possuem mais cores... são apenas aglomerados de cores fundidas em branco.

Branco, fusão. Preto, absorção.
Branco, vida. Preto, morte.


Meu dia é sem cor. Não é branco, não é negro. Não é vivo, e não é morto. Ele apenas passa...
o tempo aqui, apenas passa. Passam segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos... fases da vida mal marcadas, mal delimitadas, e mal aproveitadas. Ou quem sabe, tão bem dispostos que são desapercebidos.


Quero uma aquarela para pintar meu dia. Criar fenotipicamente uma ilusão... um truque para atrair movimento.


ela pensa em filmes;
desculpas, convites;
seus próprios limites;
caminha sobre cacos de espelho;
é mais um truque;
um truque velho


e seu gatilho;
seu preciso gatilho;
poucas vezes visto;
me tinge as roupas de vermelho;
é mais um truque;


.. e o som do sim, é tudo que se ouvirá de mim.



segunda-feira, 21 de maio de 2007

Reparar no dia

Cor e Luz.

Urge que arquitetemos manhãs
que projetemos um céu degradê
que transite entre o royal e o marinho
e que olhemos para cima
para buscarmos a lógica do movimento das nuvens
e aprendermos, com elas, a beleza do afêmero
e a importância de ser múltiplo em formato e matéria
Urge que nos preocupemos com infinitos
que deixemos xiitas, transgênicos, ipod descansar
e que tenhamos manhâ suficiente para intrigarmo-nos
com luminosidades.
-

domingo, 20 de maio de 2007

Repare na cor do dia




Mas repara bem. Que todo dia é um dia e não tem um igual ao outro. Porque todo dia tem algo novo, seja pra me alegrar, seja pra me entristecer. Porque não adianta fugir, que os dias chegam. E passam. E foi.

E quando foi é que você se dá conta. Não deveria ter enrolado tanto, deveria ter aproveitado mais. Deveria ter feito isso. Deveria um milhão de coisas. De oportunidades perdidas, incontáveis. De minutos desperdiçados? Isssh! Infinitos.

E o tempo passa, olé olá. E de repente já ta no meio do ano. NO MEIO DO ANO? Peraí, outro dia eu estava em Buenos Aires. Mais que isso, outro dia eu estava INDO pra Buenos Aires. Ai ai ai.

Em menos de um mês eu estou formada. E em um mês trabalhando em Washington. GAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! TEMPO, PÁRA.

Respira. Repara a cor do dia. Calma. Organize-se. Isso. Foi.

sábado, 19 de maio de 2007


É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas pra fazer um samba com beleza

É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza

Senão, não se faz um samba não


Senão é como amar uma mulher só linda E daí?
Uma mulher tem que ter

Qualquer coisa além de beleza

Qualquer coisa de triste

Qualquer coisa que chora

Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza

De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor

E pra ser só perdão


Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada

O bom samba é uma forma de oração

Porque o samba é a tristeza que balança

E a tristeza tem sempre uma esperança

A tristeza tem sempre uma esperança

De um dia não ser mais triste não


Feito essa gente que anda por aí

Brincando com a vida

Cuidado, companheiro!

A vida é pra valer

E não se engane não, tem uma só

Duas mesmo que é bom

Ninguém vai me dizer que tem

Sem provar muito bem provado

Com certidão passada em cartório do céu

E assinado embaixo: Deus

E com firma reconhecida!

A vida não é brincadeira, amigo

A vida é arte do encontro

Embora haja tanto desencontro pela vida

Há sempre uma mulher à sua espera

Com os olhos cheios de carinho

E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida

Como no seu samba


Sem grandes reflexões hoje..só acordei pensando nessa música e queria compartilhar com vocês.

]A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não

Tem gente que diz que a esperança é o maior de todos os males. Vai saber.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Bad Day - Daniel Powter



Aílton, que é psicólogo, especializado em relacionamentos amorosos, e garante: tem cara que quer namorar, sim. Mas precisa saber onde procurar:

“Eu fiz um estudo que mostra que 37% dos parceiros são pessoas que eu já conheço, amigos, colegas de trabalho; 32% são pessoas que me foram apresentadas; só 20% eu encontrei no barzinho, na noite. Tem muita gente que não gosta de barzinho, não se force; 5% são encontros acidentais. Só 1% nos meus estudos foram parceiros encontrados via internet, agência de casamento e anúncios em jornais. A internet está crescendo, surge muito namorico, mas tem muita margem para decepção”.

Reportagem do Fantástico em 29.04.2007

Deixando de lado a parte da internet, da qual eu estou rindo hor-ro-res hahahhaha, o que eu tenho a dizer sobre isso é: topei acidentalmente com esse clip no youtube e ele exerceu um efeito bem estranho em mim.

Enquanto meu lado racional me diz que isso tudo aí é pura balela, poderia dizer que esse clip é só mais uma arma do sistema que quer nos fazer comprar a fantasia do amor, do príncipe encantado e do "um dia vai acontecer com vc, quando e onde você menos esperar" e assim cria expectativas em nós que futuramente serão frustradas, gerando mais e mais mulheres desiludidas. Dá até vontade de denunciar isso como abuso ao youtube rs.

Por outro lado, vendo isso, algo de mim que eu queria esconder e esquecer pra sempre, vem à tona. É a menina que assistia enlouquecidamente Dawson's Creek e que sonhava em casar com Pacey Witter, insistindo, timidamente e quase sufocada, em querer fazer parte desses 5%.

E ao coração que teima em bater
avisa que é de se entregar o viver...

Resumo: façam o que eu digo, não façam o que eu faço.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Elas são cariocas.













Ela é carioca, ela é carioca



Basta o jeitinho dela andar



E ninguém tem carinho assim para dar



Eu vejo a luz dos seus olhos



As noites do Rio ao luar


Vejo a mesma luz,


Vejo o mesmo céu,


Vejo o mesmo mar








quinta-feira, 10 de maio de 2007

Pra variar o assunto do dia é...



É bem assim que é o "amor" pra mim :S

o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.

Friederich Nietzsche

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Manifesto pelo amor-romântico (ou qualquer coisa brega assim)

“Eu quero a cena de um artista de cinema

Eu quero a cena onde eu possa brilhar

Um brilho intenso, um desejo, eu quero um beijo

Um beijo imenso, onde eu possa me afogar

(...)

A minha vida vai virar novela
Eu quero amor, eu quero amar
Eu quero o amor de Lisbela
Eu quero o mar e o sertão





Todas nós já passamos por isso. Borboletas no estômago, ficar ansiosa só de pensar em encontrar alguém, mãos suando, não saber o que falar, risos idiotas pra tentar aparecer, olhadas mil. Não tem nada mais gostoso do que gostar de alguém.





Ter alguém pra pensar, pra imaginar. Alguém que te faça ser melhor em todos o sentidos, alguém que te dê vontade de se arrumar só pela possibilidade de vê-lo, alguém que te faz ficar esperando a janelinha do msn subir e te deixa com o celular na não, pensando se envia ou não aquela mensagem.





Todo mundo merece isso na vida. Desilusões todo mundo tem, mas elas sempre são compensadas pelos momentos de felicidade extrema e histeria feminina por saber que ele também gosta de você, ou que pelo menos indica isto em algum grau.





De novo, desilusões todo mundo tem. Mas elas passam. Ou ao menos deveriam passar... Porque o amor romântico é tão lindo que desde Romeu e Julieta, a humanidade só fala disso.





Sua avó sentiu, sua mãe também.





Enfim, não vire as costas pro amor. Você está perdendo a chance de sorrir.







Mas se ela voltar, se ela voltar,
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei
Na sua boca, dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser, milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim.
Não quero mais esse negócio de você longe de mim...

Nietzsche só para mulheres


Nós fazemos acordados o que fazemos nos sonhos: primeiro inventamos e imaginamos o homem com quem convivemos - para nos esquecermos dele em seguida.


O amor revela as qualidades sublimes e ocultas do que ama, - o que nele há de raro, de excepcional: nesse aspecto facilmente engana quanto ao que nele há de habitual.

O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.

Friederich Nietzsche

Vamos lá, meninas, deixem o movimento niilista feminino mudar suas vidas!

Contra as mentiras convencionais da humanidade civilizada!
Devemos negar as supertições, preconceitos , hábitos e costumes que a razão não possa justificar. \o/

Acho que o amor se encaixa nisso, não?

[ok, vcs não têm noção do quanto eu tô rindo desse post]

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Dicas

Ao contrário da Alice, eu nunca espero o pior. Eu vivo no mundo das ilusões, esperando sempre que tudo aconteça como eu sonhei. Eu mesma me iludo (ok, as vezes eu conto com alguma ajuda especial) numa rapidez incrível , acho que um dias as coisas vão se resolver e tudo vai ser lindo. O tombo é sempre grande, mas eu estou ficando "expert" em levantar deles, então minha recuperação tem sido bem rápida.
Lembretes: 1. Se as coisas parecerem perfeitas demais, não acredite. Alguma coisa está errada, mesmo que seja apenas um numero de telefone.
2. Não seja boba de tentar compreender os dois lados. Ninguém tem o direito de te magoar, iludir, machucar.
3. Não aceite desculpas se você não sabe o porquê.
4. Não acredite em tudo que você ouve, principalmente se parecer mesmo que é verdade.
5. Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

Eu não estou querendo dramatizar nada. Foi só uma oportunidade de pensar em certas coisas e aconselha-las com os meus erros frequentes. Aliás, a cada dia eu concordo mais com a descrença da Bá (vide seu perfil) e reafirmo meu ultimo post.
Agora você lê esse post:
http://projecoes.blogspot.com/2007/04/perspectiva-de-gente-chata-e-velha.html

[eu não consigo não fazer um post fracassado]