quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Sabe, tchururu, estou louco pra te ver, oh yes.

Confesso que estou carente.
Carente de sorriso, carente de amigo, carente de abraço.
Carente de conversa, de rir sem ser sozinha na frente do computador.
Carente de beijinho, carente de carinho, carente de alguém que preste atenção.

E sabe todas as lágrimas que eu derramei bêbada naquele dia lá?
Tinham razão de ser.

Entre nós é um querer.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Coisas que nunca deveriam se tornar públicas...


sem pretensão

na falta de palavras doces
meu amado me encanta com seus gestos simples e impensados

e eles só duram até hoje
porque ele ainda não sabe disso.





pronomes
meu amor
só é meu.

se eu fosse dele,
o amor
seria nosso

Sobre o Medo

isso é mais ou menos o que eu escrevi quando a bella sugeriu que escrevêssemos sobre o medo.
o texto sumiu misteriosamente do meu pc, e agora eu resolvi escrevê-lo novamente.



eu tenho medo de decepcionar. decepcionar meus pais, meus amigos.
porque eu não sou o que pareço. eu sou fútil, superficial e egoísta.
eu não sou um gênio. para minha familia, quando se trata de thaís, as minhas boas notas, e minha facilidade em determinadas matérias são a pauta principal. isso tudo não é inteligência. isso é resultado de alguma combinação genética entre meus pais que me fizeram ter uma facilidade incrível de decorar as coisas. se eu ler um texto agora, prestando atenção, em 10 minutos eu consigo repetir o texto, com todas as suas vírgulas e pontos finais. minhas boas notas vêm daí. eu lia um texto, decorava e fazia a prova. no dia seguinte, eu não fazia a menor idéia do que eu tinha "estudado".
meus amigos. eles (vocês) estavam sempre disponíveis pra mim. estavam sempre interessados e preocupados comigo. mas de uns tempos pra cá, eu mudei minhas prioridades. eu não tenho mais tempo para os meus amigos. e isso é ridículo. primeiro que minha irmã resolveu ter amigos na internet. e isso faz com que ela domine o pc das 20h até a-hora-que-ela-quiser (igual a mim, quando conheci vocês). mas ainda assim, existe o telefone, que eu ignoro completamente. ok. se você não quer usar o telefone por ser caro (e uma infinidade de outras desculpas baratas) o que me diz dos fins de semana? aparentemente, eu resolvi sair com uma pessoa. e não importam o que digam, eu só tenho vontade de sair se essa pessoa estiver presente. isso consegue ser ainda mais ridículo. mas é inevitável. e quando não der certo, e tudo acabar, e eu estiver triste e só, onde estarão meus amigos? por enquanto, eu prefiro não pensar nisso.
o meu bom emprego. eu realmente preciso acordar 5h30 todos os dias. eu realmente ganho bem. e eu realmente tenho dormido pouco por conta do meu trabalho e da carência afetiva da minha familia. mas o fato é: conseguir esse emprego foi um milagre. aquele tipo de coisa que a gente não merece. durante a maior parte do tempo no meu serviço, eu assisto ao youtube. trabalho com suporte à empresas clientes do citibank, que só entram em contato em dia de pagamento de funcionário. o restante dos dias do mês, o lugar fica às moscas. e todos acham que eu trabalho demais, e me esforço, e "coitadinha da thaís". mas eu sou uma farsa. eu não faço por merecer.
eu não faço por merecer minha familia, meus amigos, meu emprego.
eu sou uma decepção. mas é segredo.
tenho medo que descubram a verdade.

Ok ok.

Não sei porque eu estou com mania de começar minhas frases com um “ok ok”. Como eu praticamente só “falo” e “ouço” português via internet, eu gero sozinha uns vícios de linguagem, umas gírias próprias, sem noção.

Depois do carnaval a minha irmã reclamou que eu e a Bárbara terminavamos todas as frases em “heim”.

- Acho que eu vou beber um suco, heim?
- Esse garçon tá demorando, heim?
- Eu vou ficar com saudades de você, heim?

Ai acho que já passou.

Agora eu tô mó com vontade de falar “mano”. O mais engraçado é que quem fala isso é a Aline que pegou isso... da Camilinha. E a gente vai falando umas iguais as outras, repetindo expressões que ficam como internas e ajudam a nos identificar como... comunidade. Tá, mó antropologia, mas o compartilhamento de idéias e linguagem é um passo para começar a nação, flw?

Ok ok. Viajei.





Não sei se você reparou não, mas tem nove de nós ai. E nove aqui. Quem disse que panda tem dificuldade de reprodução?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sabe o que é pior?

É eu me pegar, várias vezes ao dia, me censurando por pensar em você.
Agora que eu já sei que não vai ser, não posso mais fantasiar como seria. Eu não posso mais te usar para preencher a minha falta-do-que-pensar-nas-horas-vagas. Então, eu me controlo para não fazer planos, te convidar para sair, pensar em que hora te ligar, imaginar como seria nossa noite, o que dizer a você e quais serião as suas respostas...
Eu tenho que cortar essa liberdade que eu tinha para que eu não me torne escrava dos meus delírios, para que eu mantenha os pés no chão e não caia lá de cima mais uma vez.
Agora eu só tenho espaço para lembranças e saudades...


Acho que é isso que chamam de "acordar para a vida".
Finalmente eu me decidi...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Bilhetinho de despedida

Eu não quero ir embora não, heim? Nem gostei de acordar hoje, na minha cama fofinha, no meu quarto lindo, com a Bellinha dormindo no meu pé e pensar "é, em breve nem tem mais, heim?". Nem queria dar tchau pros confortos de morar na casa da mãe, nas delícias de ver a mãe todo dia. Não quero morar longe de quem me conhece há tanto tempo e quando me vê fica feliz. Nem quero, viu? Queria poder passar na Contorno todo dia, queria poder deitar naquele sofá e ver tv sempre que quisesse. Mas nem posso.
É, eu tenho que ir embora de novo. Vou ter que ficar mais longe de vocês de novo. Mas daí que vem as incoerências da vida... por mais que eu não queira ir agora, sei que uma vez lá, gostarei.
E que mais longe de tudo que me ama, sou mais eu e me conheço melhor. Então fica assim, eu vou, mas com a promessa que volto. Nem que sejam por 21 dias. E vocês, peloamordeDeus, prometam que me esperarão! Assim, queridos, amigos, brasileiros... meus! Bem do jeito que eu mais amo. s2
Porque o de estar mais longe, o que mais dói, fora as saudades e a falta, é a solidão causada por saber que vivem uma vida paralela sem mim, sorriem sem mim, se vêem sem mim. =´(