quarta-feira, 25 de julho de 2007

Tentativa desperada de encontrar-me número 23983


Sempre acho que quão mais longe eu fico de tudo, mais perto eu fico de mim. É como se a distância de quem me ama e me quer bem, o afastamento do que é conhecido e seguro... me permitisse sair de mim mesma e finalmente, avaliar quem eu sou. Distante assim, finalmente posso pensar em mim, viver por mim, ser como eu quero ser, e viver como bem entendo.
Longe eu entendo a minha família, os meus amigos. De longe eu sou mais doce, querida, sou mais Alice. De longe eu sei o que eu fiz e o que sentia. De longe eu posso entender melhor do que eu era.
O problema é: será que longe eu estou mais perto de quem eu vou ser? Digo isso porque exatamente agora eu estou a um mês e 14 dias do desconhecido. Eu não tenho mínima idéia do que vou fazer da minha vida, e essa sensação me deixa desperada. Não sei qual mestrado tentar, em qual direção apontar, o que fazer.
Então, numa tentativa vã de buscar ter mais tempo pra me decidir, pensei em ficar mais aqui. Até agora mandei uns 4 emails pedindo por estágios... ninguém me respondeu ainda. Eu sei, eu sei... comecei ontem. Mas de qualquer maneira, a cada segundo que passa, mais ansiosa eu fico.
Se tudo der errado, dia oito de setembro desembarco - ou mais tarde que isso, visto o caos aéreo - em Confins. E sou um problema social da nação.

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