segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O meu arco-íris

Todo dia, a menina corria o quintal, procurando um arco-íris. Corria olhando para o alto, tropeçava e caía. Toda vez que se machucava, vinha chorando uma cor. Um dia, chorou o anil até esvaziá-lo dos olhos. Depois, chorou laranja, chorou vermelho e azul. Chorou verde. Violeta. Amarelo e até transparente! Chorou todas as cores que tinha, todas as cores de dentro. Então, abriu os olhos e nem o arco-íris, ela viu. Não viu flores e borboletas. Não viu árvores e passarinhos. Pensando que era ainda noite, deitou-se na cama e dormiu. Pensando que era tudo escuro, nem levantar-se ela quis! Ficou dormindo cinzenta, por dias e noites sem fim... Foi quando um sonho, tão colorido, derramou-se dentro dela! Tingiu o travesseiro e a fronha, o lençol e o pijaminha. Tingiu a meia e o quarto. Tingiu as casas e os ninhos! A menina abriu a janela e viu que hoje não tinha arco-íris. Mas tinha o desenho das nuvens. Tinha as flores e um passarinho.
Rita Apoena




Hoje de manhã tinha um arco-íris no meu quarto, pequeno e do lado de dentro. Era de tamanho individual e feito pra mim. Por alguma razão física a luz do sol refletiu em um espelho ou vidro e formou um arco-íris que começava na cortina fechada e terminava na minha cama. Vim, olhei e sorri. Mas agora me arrependi. Não fui no final do arco-íris ver o que ele guardava pra mim. Por ser minha cama entendi bem a sugestão, devia ser um sonho bonito e colorido. Lá fora também não tinha arco-íris. Da próxima vez que isso acontecer *tomara que volte a acontecer* eu sonho.

2 comentários:

Anônimo disse...

que lindoooo

Bárbara disse...

arco iris individuais para cada um, porque sonhar é preciso...