terça-feira, 1 de abril de 2008

there's no time for fussing and fighting, my friend

Eu sempre tive problemas em julgar as pessoas. Não que isso possa ser, de algum modo, uma qualidade. Mas é hipócrita quem diz que não julga. Formar opinião sobre algo faz parte da natureza humana, e fazer isso a respeito de outros humanos é, no mínimo, natural. Sem mais divagações e tentativas vãs de achar explicação pras minhas atitudes.

O ponto é que eu tenho o péssimo hábito de julgar. E julgo mal. E sei disso. Mas a minha obsessão em avaliar o comportamento alheio não é restrita apenas ao comportamento alheio. Eu julgo o meu próprio comportamento, e acho que é isso que me dá aval para julgar o dos outros (o que não está certo, mas meu subconsciente incontrolável acha que está). E reprovar as ações de algumas pessoas não significa que amanhã, eu não possa agir de maneira idêntica, ciente de que está errado, mas com a desculpa de que eu posso porque "eu sou assim", é inevitável, e que eu estou apenas agindo de acordo com a minha personalidade.

Conhecer alguém, não gostar e não dar chance pra, pelo menos, entender determinadas atitudes é algo que eu faço. Com frequência.
Uma vez alguém me disse: "é pior quando você gosta de alguém muito rápido e vai descobrindo coisas que te fazem se decepcionar". Naquele momento, eu concordei. Mas pensando um pouco mais, não sei se é mais fácil responsabilizar o outro, ou saber que a culpa da maioria das suas decepções é sua. Você que exige demais e que é egoísta demais para tentar enxergar o mundo com outros olhos, sob outras luzes, outros aspectos.
O que me deixa menos desesperançosa (comigo mesma, obviamente) é que as vezes, por insistência da vítima do meu mordaz julgamento, ou do destino, eu acabo conhecendo e entendendo a pessoa. O que, na maior parte dos casos, se mostra uma grande e boa surpresa.

Quem sabe assim, me arrependenda dos meus julgamentos? Talvez, vendo que eu erro na maior parte das vezes, amadureça e faça as coisas na ordem que devem ser feitas: formo opinião apenas depois que tiver conhecimento de causa.

(we never learn, do we?)

6 comentários:

thaís. disse...

síntese, tata, síntese... -)

Alice disse...

hahaahha, querida.

acho que todo mundo tem esse nível insano de auto consciência. :)

Bellinha disse...

o mu problema é que eu nunca julgo as MINHAS atitudes, só as alheias.

Camillinha disse...

Um dia serie tao eloquente quanto vcs, ok??

i promise!!!

Camillinha disse...

Um dia serie tao eloquente quanto vcs, ok??

i promise!!!

Bárbara disse...

ah... mas é tão boms er provada ao conmtrário nesses casos.. e tem umas coisas que são gut feeling...sabe.. quem há de nos surpreender nos surpreendera .. mais cedo ou mais tarde.