sexta-feira, 4 de abril de 2008

Ainda bem.

Quase todo dia a minha mãe me manda sair da rotina. "Vá fazer algo de novo, que te empolgue." Raramente eu cumpro a recomendação. A verdade é que muitas vezes eu me pego presa na rotina e na preguiça de sair dela. É um ciclo vicioso.
Mas ai as vezes dá um baque e eu decido mudar. Um dia eu fui patinar no parque, no outro, comprei um tantão de roupa. Ontem, eu fui pra um bar. Ah, o bar.
O plano inicial era ir com a Jenn em um restaurante mexicano e falar mal da Martha, que mora com a gente mas faz da nossa vida um inferninho. Mas saí a Martiza me convidou pra sair e eu acabei aceitando. Liguei pra Jenn e ela topou.
Lá estava o Mauricio. Xô te explicar o Mauricio. Ele trabalha comigo e é uma pessoa extremamente... querida. É gentil, inteligente e educado. Meio gay, caindo assim, como uma luva na minha tendência. Mas de novo, ele trabalha comigo. E romance inter office é uó. E anti profissional. Decidi que não ia me apaixonar por ele, basicamente por isso e também porque ele não tem senso de humor e eu sou a rainha das tiradas escrotas (que exigem um certo humor para não me odiar e não achar que eu odeio a pessoa).
Bem, ontem no bar o Mauricio se sentou do meu lado.
Uma característica engraçada do Mauricio, mas nem tanto, é que ele odeia que lhe toquem no rosto. Não gosta muito de gente que fica abraçando. E pensa bem, se você quer dar em cima de um garoto, ter medo de tocá-lo é bem ruim, heim? Mas então, pois é. Nem era disso que eu queria falar.
Bom, ele estava do meu lado, né? E a gente tava falando de óculos. Ele usa óculos, apesar de ter 0,5 graus, o que é muito irritante, tendo em vista que eu tenho 4 em um olho e 5 em outro (ou seja, sou cega). Em um determinado momento, me perguntou: "fico melhor com ou sem óculos?". OPA. Essa era uma pergunta que eu faria. Assim, numa tentativa fracassada de flertar, porque como todo mundo sabe, eu não sei flertar. E nem pra falar que ele tava flertando, porque é uma pergunta idiota e quase natural quando se fala de usar óculos (ou não. perceba que nessa hora eu estava ficando confusa, ao mesmo tempo que quero achar que ele tá dando em cima, sei que ele não está)... e respondo que fica bem com os dois. Ele diz que é mentira.
E é.
Ou não.
Eu gosto dele de qualquer jeito. Mas ele nem compra esse meu discurso.
E quando saio do bar, algumas várias cervejas depois, eu penso "ainda bem que não tô gostando dele"... porque imagina só se estivesse.

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