sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Once upon a time...



Sabe, lendo o post da Bá, eu descobri uma coisa importante.
Eu sempre me achei assim..digamos, não especial..complexa. Complicada.
Mas aí eu percebi. Na verdade, eu sou a pessoa mais clichê do mundo.
Minha vida inteira foi uma sucessão de clichês.
Já fui a criança mimada, a roqueira revoltada, a filha de pais separados, a menina que muda de estado e se sente desajustada, a mais liberal entre as amigas do colégio, e tb a preferida dos meninos no grupinho [a preferida pra ser a 'amigona', claro ;)], a cdf indiferente na faculdade, a micareteira, a que sempre aguenta beber, a mãe solteira, a que se forma e tem a crise dos vinte anos, a que quer quem não me quer e quem me quer mandei embora e etc, etc, etc...
e o clichê do momento é... o da mulher moderna, descolada, que não liga pro que os outros pensam:

"você não deve se arrepender do que você fez mas apenas do que você não fez"

pois é...esse bla bla bla todo aí do começo foi só pra dizer que tenho pensado mais no passado que deveria. afinal, a vida não é vivida em pensamento, apenas em ato, como dizem os existencialistas.
sei lá. deve ser só um estágio comum pra pessoas recém decepcionadas tentando bancar a "I'm so over that" se apegar a coisas que poderiam ter dado certo e poderiam ter sido diferentes...é, eu sei, é um grande desperdício ficar pensando em "se eu..." mas talvez seja parte do processo curativo né? talvez não.
boa questão: como saber até onde é só um substituto e uma maneira criativa de liberar sereotonina no cérebro ou se realmente vale a pena você se jogar e correr, literalmente, atrás do que deixou passar? :S
só o que eu sei é que tenho pensado bastante em como eu queria não ter sido tão esnobe, e queria ter mais realista- essa é a parte principal - mais REALISTA.
nem todo mundo nasceu pra viver um romance desses de cinema, que começam com amor à primeira vista e são cheios de emoções e sobressaltos. às vezes eu acho até que ninguém tem isso de verdade. Hoje eu sei disso.
Antes eu me revoltava com essas coisas,sabe? achava que aceitar isso era conformismo com a monotonia, com a caretice, com o sistema que quer perpetuar a instituiçao do casamento e manter mulheres oprimidas e os caralhos..qq coisa que viesse à cabeça. Mas não. é só realidade.

esse post não faz muito sentido, mas isso aqui é pra isso né?
=)

aprendamos com a MTV amigas: entre casar e comprar uma bicicleta, compre uma bicicleta. ou case né?
só não se iluda e não fantasie. vamos canalizar nossa criatividade pra coisas mais construtivas. (y)

7 comentários:

Anônimo disse...

Canalizar para coisas mais construitvas..
Depois da ligação da constituição da matéria e relacionamentos que fiz, acho que agora não é um bom momento para eu fazer isso. Caso contrário aumento minha dose de antidepressivo (melhor: vou atrás de uma, né?).

Line, a merda é que a vida é feita de fases. A merda maior é que não são fases de video-game. E a grande merda final é que nesse jogo aqui, não temos vidas pra gastar.

Sabe... "é um jogo para ser jogado, não vencido".

Anônimo disse...

=~. A gente sempre que tem uma coisa diferente... hoje eu tava pensando nisso, que eu era muito complicada. -) putz nem sou também heim. Sou o clichê em desespero e pessoa. :s babe, pelo menos agora você tem noção de que a realidade não é tão bonita, mas vale a pena assim mesmo, não é?

amo você, ok.

Alice disse...

Line, esse é o post mais maduro que já li, vindo de vc. Talvez por ser mais realista, ele te permitiu livrar-se das amarras da menina mimada insatisfeita e mostrar o que vc é: inteligente, capaz e madura.

constatações como essa não são necessariamente fases. podem ser passos. pro melhor. (y)

esse foi um comentário mó de tiozão. ah, alice, vai se fuder. jaahahahahahah

Anônimo disse...

isabella. diz:
merda de pitty.

Bárbara diz:
nmerda de pitty

linee. diz:
merda de pitty

isso já diz muito, né?

Alice disse...

nem me sentimentalizei com a pitty.


pitty de merda

Anônimo disse...

tudo vira merda no final mesmo.

Anônimo disse...

Esses tempos eu tava pensando quão clichê e comum eu sou!!

Bizarro, né?

Eu me transformei em tudo que rejeitava há uns tempos....mas tô gostando disso!!

Mas, quer saber? Foda-se o pensar...eu vou te ver em outubro!!