terça-feira, 31 de julho de 2007

[continuação], mas assim Orlando, a próxima é contigo, heim.

Tirou do bolso um rectângulo de cartão verde e entregou‑o a Mathieu. Este leu:
«C. N. T. Diário Confederai. Exemplares 2. França. Comité Anarco‑Sindicalista, 41, Rua de Belleville, Paris 19.»
Havia um selo ao lado do endereço. Também era verde e trazia o carimbo de Madrid. Mathieu estendeu a mão
— Obrigado.
— Cuidado! — disse o sujeito irritado. — E... de Madrid.
Mathieu olhou‑o. O homem parecia comovido e fazia grandes esforços para exprimir o seu pensamento. Renunciou a isso e disse apenas:
— Madrid!
— Já sei.
— Eu queria lá ir. Juro. Mas a coisa não se arranjou.
Tornara‑se sombrio. Murmurou «espera» e passou devagar o dedo sobre o selo.
— Pronto. Podes levá‑lo.
— Obrigado.
Mathieu deu alguns passos, mas o sujeito chamou‑o.
— Eh!
— Que é? — disse Mathieu. O homem mostrava‑lhe a moeda de cinco francos.
— Foi um tipo que me deu isso. Ofereço‑te um rum.
— Hoje não.
Mathieu afastou‑se com um vago remorso. Houvera uma época na sua vida em que deambulara pelas ruas, pêlos bares, com toda a gente; o primeiro que aparecesse podia convidá‑lo. Agora, tudo isso tinha acabado; esse género de aventura não dava nada...



essa parte ai,é para Muri. Me lembrou um papo antigo, aê.

2 comentários:

Anônimo disse...

o que me lembrou uma certa música:

"Não da mais

Não-da-mais"



HAHAHAHAHAHAHAHAHA


QUE MERDA

Murielle disse...

Continuo não gostando de rotina, ein.
Não esqueci, ein.
Ainda vou tentar, ein.